20 de dezembro de 2023

Resenha: "AQUAMAN 2 - O REINO PERDIDO" (2023) [sem spoilers]


Os fãs de filmes de super-heróis não esconderam o alívio quanto ao fato de que o polêmico e pouco aprovado Universo Estendido DC está para ser encerrado. "Aquaman 2: O Reino Perdido" (2023), o título responsável pela ingrata despedida, é a comprovação derradeira de que a vibe dos trabalhos “da concorrência” são exatamente o que o público quer ver…

James Wan, ainda hábil na cinematografia e no senso de humanidade que permearam o 1º filme, conduziu aqui uma simples trama sobre união familiar, vingança, redenções, e preocupações ambientais atuais. Jason Momoa, como o carismático e intenso personagem principal, e Patrick Wilson, como o seu ambíguo irmão, gastam parte da trama como se fossem o Thor e o Loki (aborrecido) num ‘buddy cop’ subaquático.

O vilão vivido por Yahya Abdul-Mateen II, teria que ser lobotomizado para melhorar suas motivações e procedimentos. Já um outro vilão está no epicentro de momentos que nos fazem lembrar do bom cinema de terror do próprio Wan. Amber Heard aparece de forma silenciosa e burocrática, perdendo em engajamento emocional para a querida Nicole Kidman…

No que diz respeito às expansões de mitologia e ao detalhado escopo visual nas vastidões do oceano, é bacana notarmos as claras influências daquelas famosas franquias de fantasia e ‘space opera’... O clichê da ação/aventura alternada ao humor, presente nas dinâmicas de Momoa e Wilson, é acertadamente dispensado num sério e empolgante confronto final.

"Aquaman 2: O Reino Perdido” é um filme otimista que talvez seja o conveniente encerramento do James Wan para o universo sombrio inicialmente idealizado por Zack Snyder. O imponente e agora delineado personagem do Jason Momoa, e os fascinantes reinos de Atlântida, vão nos gerar agradáveis nostalgias no futuro. Dito isso, que tal trocarmos em breve a DC e a Marvel por outras opções?

Nota: 6

Por Fábio Cavalcanti

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